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a cut through the archive of destruction

a cut through the archive of destruction

Pedro Lagoa

a cut through the archive of destruction

Pedro Lagoa

Vídeo disponível no Youtube apenas até às 23h59 de dia 18 JUN.

Curadoria: Bruno Marchand


O vídeo a cut through the archive of destruction faz parte do Serviço Educativo do arquivo de destruição e consiste numa colagem e edição de diversos materiais – imagens, textos, sons – que fazem parte da colecção do arquivo. Através de linhas associativas subjectivas, efectua um corte – no sentido geológico do termo – através de algumas das principais ideias contidas no arquivo.

O vídeo tem sido apresentado em conjunto com instalações do arquivo de destruição e, da mesma forma que o arquivo, tem-se desenvolvido num processo de contínua mudança e re-edição, nunca tendo a mesma versão do vídeo sido apresentada mais do que uma vez.

Teaser arquivo a destruição
2007-20. vídeo [P&B, cor, som], duração variável.

18 JUN 2020
QUI 22:00

Streaming
Vídeo em streaming no YouTube (disponível apenas até às 23:59 de 18 JUN)
Duração 1h30

Sobre Pedro Lagoa

Pedro Lagoa é um artista visual cujo trabalho se tem desenvolvido maioritariamente em torno de conceitos de destruição. Explorando o potencial que o acto destrutivo contém de se constituir como expressão de recusa e ferramenta crítica transversal a temporalidades diversas, a sua prática compreende uma diversidade de media, apresentando-se frequentemente sob a forma de instalação, publicação ou vídeo. O seu trabalho tem sido exposto internacionalmente em locais como: Art Polygon, Gwangju (2018); Gasworks, Londres (2014); Museu de Serralves, Porto (2014); Cabaret Voltaire, Zurique (2013); Nam June Paik Art Centre, Gyeonggi-do (2010); Portikus, Frankfurt (2007).

Sobre arquivo de destruição

"O tópico da destruição presta-se a questões éticas particularmente sensíveis. O arquivo lida com esta inevitabilidade da única forma possível: trabalhando o volume crescente de existências que o integram de modo a que entre elas se construa um campo isento do mais ínfimo sinal de moralismo. Isso implica, por um lado, protegê-las de tudo o que lhes possa apor um juízo ou atribuir-lhes um valor e, por outro, consagrar-lhes condições de apresentação que possibilitem que no intervalo entre elas se abra espaço para a subjetividade do espectador – o mesmo espaço de liberdade e extrapolação onde se funda o verdadeiro sentido desta obra.

Comissariado pela Culturgest, este projeto faz parte de um conjunto de iniciativas que procuram responder ao contexto imposto pela Covid-19. A pandemia trouxe-nos uma imagem de destruição bastante distinta daquela a que nos habituámos. Esta não é uma destruição espetacular nem parece acontecer em tempo real, mas antes invisível e sorrateira: instala-se sem dar sinal e os seus danos são diferidos. Ao mesmo tempo, as medidas de controle desta pandemia parecem ameaçar, elas mesmas, destruir disposições e valores que dávamos por garantidos. O mundo sairá da pandemia necessariamente diferente de quando entrou. Lidar com essa diferença e construir sobre os seus escombros será uma tarefa tão mais lúcida quanto mais clara se nos afigurarem a mecânica e a ambivalência da destruição."

Bruno Marchand

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