No final de 2018, o disco Fallen Trees recolocou Lubomyr Melnyk perante uma geração de ouvintes que, desde 2013, graças à Erased Tapes mas também a Nils Frahm e Peter Broderick, tem trazido o seu nome para os escaparates. Até aí, este compositor e intrépido aventureiro do piano foi calcorreando caminho na penumbra da visibilidade. Foi durante a sua estadia em Paris, no início dos anos 70, que Melnyk viu na dança um estímulo para compor em modo contínuo, criando a técnica que viria a conduzir praticamente toda a sua carreira. A sua estrondosa agilidade — que ainda lhe vale vários recordes de velocidade — preparou-o para perscrutar o piano como poucos o fizeram até hoje, compondo com total domínio dos harmónicos e reverberações que o instrumento pode fazer, como se criasse um fantasma musical que o acompanha nos seus temas. Para além da sua música, ver Lubomyr Melnyk ao vivo é também testemunhar um pioneiro em ação.