A CAPACIDADE
DE IMAGINAR

"Estamos no maravilhoso labirinto do Enzo Cucchi, onde as coisas são ativadas pela presença do nosso corpo e do qual saímos assombrados."

★ ★ ★ ★ ★ José Marmeleira, Ípsilon, Público
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.

"Sentados numa das mesas da cave do Laurentina do Bacalhau, ao jantar do dia 13 de março, perguntei ao Enzo por Cristo, pelo fogo e pela morte; falámos de política e de censura, das ideologias nascentes e de um certo medo que se instala em nós. O Enzo deposita o resto das suas esperanças em Portugal. Diz que a Europa é como um rio que desagua no nosso território, donde o estuário da civilização ocidental é a nossa costa atlântica. Pese embora a esperança, o Enzo não é um otimista."

Bruno Marchand

 

 

Mezzocane, de Enzo Cucchi
 

Uma ópera composta para as galerias da Culturgest

O PROJETO INVISÍVEL #6
Cuccchi: o jogo-arquivo

 
Pensando nas duas exposições de Enzo Cucchi que ocupam as galerias da Culturgest - “Mezzocane” e “Il libraio e L'artista” - , lembrámo-nos do seu peculiar arquivo. Cucchi é uma das figuras mais proeminentes da cena artística italiana que teve a ideia original de transformar o arquivo do seu trabalho num videojogo. Podem descarregar a App Cuccchi e jogar o arquivo de Enzo aqui:

 

Jogo-arquivo Enzo Cucchi

Uma lenda medieval
sobre um meio-cão

"P.S: As esculturas do Mezzocane acabaram por não entrar nesta exposição. Quando as viu no lugar que lhes tinha destinado, a ladear o início do murete da primeira sala, o Enzo achou-as "troppo piccoli, non possono restare lí." Encontram-se, disfarçadas de edições, na exposição que dedicamos a outra faceta do seu trabalho, na Galeria 3."
Sem título, Enzo Cucchi, 2010. © Pietro Traversa.
Sem título, Enzo Cucchi, 2010. © Pietro Traversa.
Catálogo da exposição. © Vera Marmelo.
Catálogo da exposição. © Vera Marmelo.

Transavanguardia

Um movimento de novos valores artísticos

Enzo Cucchi (Morro d'Alba, Itália, 1949) 

Enzo Cucchi é considerado o artista mais visionário entre os expoentes da Transavanguardia, Tornou-se, nos anos 1980, internacionalmente conhecido. No final da década de 1970, mudou-se para Roma e abandonou temporariamente a poesia para dedicar-se quase exclusivamente às artes visuais. Aqui, Cucchi entrou em contacto com os artistas Francesco Clemente e Sandro Chia, com quem estabeleceu trocas dialéticas e intelectuais.

Para Cucchi, a pintura é um meio de reunir uma série de formas, conceitos e materiais, utilizando a expressão invasiva do gesto, através do qual a tela se torna um recetáculo de imagens e pensamentos, veículos de um discurso esgarçado em mil suspensões. A presença de símbolos díspares, de uma matriz clássica ou onírica, arrancados ao presente ou à memória, sobrepõem-se e inter-relacionam-se no tecido cromático de que parecem emergir. O seu interesse pela interação entre diferentes artes e disciplinas levou-o a trabalhar em diversos campos (das artes plásticas à arquitetura, ao design e à moda) e a compreender a importância e a fertilidade destes contextos. Intuições como estas deram origem às suas colaborações com Alessandro Mendini e Ettore Sottsass na concepção de projetos editoriais (I disuguali, o projeto de Cucchi e Sottsass para a edição periódica de painéis cerâmicos), na produção de obras a quatro mãos e em exposições em série.

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Nos últimos anos, concebeu especificamente obras permanentes para diferentes cidades: o mosaico para o Museu de Arte de Telavive; mosaicos cerâmicos para a Ala Mazzoniana da estação de comboios de Roma; as duas obras em cerâmica para a Estação Salvator Rosa, no Metro de Nápoles; e o mosaico para a sala de audiências do Palazzo di Giustizia, em Pescara.


Enzo Cucchi apresentou inúmeras exposições individuais e integrou exposições coletivas nos mais importantes museus italianos e internacionais, como a Kunsthalle de Basileia, o Solomon R. Guggenheim Museum de Nova Iorque, a Tate Gallery de Londres, o Centre Pompidou, em Paris, o Castello di Rivoli, o Palazzo Reale de Milão, o Sezon Museum of Modern Art, em Tóquio, a Villa Medici, em Roma, e o Musée d’art moderne de Saint-Étienne Métropole.


Participou igualmente em algumas das mais importantes exposições de arte contemporânea a nível internacional, nomeadamente Bienal de Veneza, na Documenta Kassel e na Quadriennale d'Arte de Roma. As suas obras fazem parte das principais coleções de museus do mundo e das mais prestigiadas coleções privadas.

- Resume
FICHA TÉCNICA

FOTOGRAFIA
Vera Marmelo

TEXTO
Bruno Marchand

EDIÇÃO
Carolina Luz

REVISÃO CONTEÚDOS
Catarina Medina

DESIGN E WEBSITE
Studio Maria João Macedo & Queo