Afetos Nacionais

Afetos Nacionais

Ana Pais, Angharad Closs Stephens, Isabel Costa, Catarina Rôlo Salgueiro

Afetos Nacionais

Ana Pais, Angharad Closs Stephens, Isabel Costa, Catarina Rôlo Salgueiro

Curadoria: Ana Pais

O que acontece quando entendemos a identidade nacional como resultado de forças afetivas que moldam as nossas relações? Com foco nos afetos, que nos constituem como pessoas e cidadãos, este encontro discute como as ideias sobre “nós e eles” se formam de maneiras profundas e quase impercetíveis. Angharad Closs Stephens, professora na Universidade de Swansea, no País de Gales, e autora de National Affects: The Everyday Atmospheres of Being Political (2022) e The Persistence of Nationalism: from Imagined Communities to Urban Encounters (2013) analisa vários eventos europeus recentes, como os atos de terrorismo, a crise dos refugiados, o Brexit, a pandemia da COVID-19 e a ascensão do populismo na Europa, centrando-se na esfera afetiva. Traz também para esta discussão obras de arte e de ficção, revelando outras formas de imaginar e praticar o estar em comum, por oposição às políticas excludentes do nacionalismo. A sua conferência termina com uma conversa com a investigadora e dramaturga Ana Pais e as atrizes e encenadoras Isabel Costa e Catarina Rôlo Salgueiro. 

23 ABR 2026
QUI 19:00

Garantir lugar
Auditório Emílio Rui Vilar
Entrada gratuita*
Duração 2h

*mediante pré-inscrição ou levantamento de bilhete 15 min. antes (sujeito à lotação). Pré-inscrições não levantadas ficam disponíveis 15 min. antes da conferência.

BIOGRAFIAS

Ana Pais tem vindo a investigar as artes performativas no seu cruzamento com as teorias dos afetos. Investigadora Auxiliar no ICNOVA (FCSH -UNL), é também dramaturgista e curadora. É doutorada em Estudos de Teatro (CET-UL). Em 2022-23 foi Professora Visitante no programa pós-doutoral de artes cénicas da UFBA (PPGAC), Salvador da Bahia. É autora de vários livros, com destaque para Quem tem medo das emoções? (2022). Foi crítica de teatro no Público (2003) e no Expresso (2004). Como dramaturgista, colaborou com criadores de teatro e dança em Portugal. Como curadora, concebeu, coordenou e produziu vários eventos de curadoria discursiva, dos quais destaca o Projecto P! Performance na Esfera Pública (Lisboa, 10-14 Abril 2017). 

 

Catarina Rôlo Salgueiro nasceu em Lisboa em 1991. É diplomada em Teatro - Ramo Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema e cocriadora do colectivo artístico Os Possessos. Como actriz, trabalhou com Maria João Luís/Teatro da Terra, Maria Duarte, Ricardo Neves-Neves/ Teatro do Eléctrico, Teresa Coutinho, Susana Gaspar, Teatro da Cidade, UmColectivo, Teatro Tapafuros, Byfurcação, Teatro Bocage, Companhia da Esquina,Teatro de Carnide e colaborou com o coletivo Building Conversation, no Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII). Com Os Possessos, participou em Rapsódia Batman (2014), II – A mentira (2015), Marcha Invencível (2017), O Novo Mundo (2018), Maratona de Manifestos (2021) e A Nossa Cidade (2021), tendo assinado as criações de A Bolha (2019), em conjunto com João Pedro Mamede, e Ainda Marianas (2022), em conjunto com Leonor Buescu. Assina ainda a criação de Para acabar com o julgamento de deus, de Antonin Artaud (2022), em conjunto com Jenna Thiam e Surma. Fez assistência de encenação a Ricardo Neves-Neves (A Noite da Dona Luciana, de Copi, e Encontrar o Sol, de Edward Albee) e a Tiago Rodrigues (Sopro, de Tiago Rodrigues). Em cinema trabalhou nos filmes Verão Danado e By Flavio, de Pedro Cabeleira, A Herdade, de Tiago Guedes e Sombras Brancas, de Fernando Vendrell. Em televisão trabalhou com Fernando Vendrell (3 Mulheres) e na peça televisiva de Ricardo Neves-Neves para a RTP2 (A Preceptora). 

 

Isabel Costa é atriz e encenadora. Trabalha em teatro, cinema e em curadoria de artes performativas. É licenciada em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Completou a sua formação na Universidade de Warwick (Inglaterra) e na UNIRIO, no Rio de Janeiro. É membro da companhia de teatro Os Possessos desde 2014. Na área da curadoria trabalhou no Paço Imperial, no Rio de Janeiro e na Galeria Luis Serpa, em Lisboa. Em 2016 termina o mestrado Erasmus Mundus Crossways in Cultural Narratives, tendo passado por pela Universidade Nova de Lisboa, pela Universidade de Perpignan, em França, e pela Universidade de Guelph, no Canadá. Em cinema trabalhou com Miguel Clara Vasconcelos, Miguel Nunes, Guilherme Daniel, Pedro Neves Marques, Leonor Noivo e Susana Nobre. Em 2017 apresenta a sua primeira criação “Estufa-Fria-A Caminho de uma Nova Esfera de Relações” na Bienal de Jovens Criadores, e a primeira edição do Projeto Manifesta. Em 2019 dirige as criações “Maratona de Manifestos” e “Salão Para o Século XXI.” Apresentou o seu trabalho no Museu MAAT, no Teatro Municipal do Porto - Rivoli, no Festival Cumplicidades, na Galeria Hosek Contemporary, em Berlim e no Festival Temps D'Images. Em 2020/21 assina a curadoria do "Ciclo de Reenactments - Performance Arte Portuguesa". Em 2022, assina a curadoria do ciclo "Sound and Future - Four Tools to Unblock the Present". Em 2023 dirige o espectáculo “Som e Fúria”, no TBA e o espectáculo “Manifestos Para Depois do Fim do Mundo”, na Culturgest, uma produção d’Os Possessos. Em 2024 é selecionada para o European Fund For Emerging Artists e para o Festival Fastforward, na Alemanha. Apresenta o seu trabalho em Ravenna, Itália, e em Havana, Cuba. 

 

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