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Forum Dança: PACAP 2
Forum Dança: PACAP 2
Curadoria: Sofia Dias & Vítor Roriz
Em 2019, a BoCA - Biennial of Contemporary Arts criou uma parceria com o Forum Dança, o qual desenvolve o PACAP – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas, dedicado a profissionais e estudantes de áreas artísticas que pretendem investir num período de experimentação avançada, conciliando-o com uma investigação teórica e o exercício de práticas de corpo e movimento.
Os participantes têm oportunidade de desenvolver um projeto, trabalhando num espaço potencial de condensação de conteúdos que promove o formato da investigação, da criação e da apresentação ao público.
O programa contempla um acompanhamento individual ao longo do curso, assegurado pelos Curadores do Programa, que nesta edição são os coreógrafos Sofia Dias & Vítor Roriz, e contempla ainda laboratórios de criação e pesquisa, seminários teóricos, residências e apresentações.
Com o intuito de desafiar os jovens artistas a pensar o espaço e as suas criações em contextos diferentes, promovendo o seu trabalho em outras regiões do país, a BoCA apresenta três solos do PACAP II na Culturgest Porto.
Descarada
Criação e interpretação: Patrícia Árabe
“…sinta-se livre para se movimentar pelo espaço, aqui tudo é tratado como matéria, descaradamente camuflado”
A body that hides also stands
Criação e interpretação: Marta Ramos
“Através de palavras, desenhos, ações e silêncios, a peça toma a forma de pequenos capítulos que se fundem e se compõem: um livro.”
Miragem
Criação e interpretação: Renann Fontoura
“uma fição (não) narrativa ou apenas te faz pensar no que aconteceu durante o dia, quais as roupas para lavar ou a vontade de ver o feed de alguma rede social.”
29 MAR 2019
SEX 18:30
30 MAR 2019
SÁB 16:00
Entrada livre
Duração 30 min cada solo
Mais info:
www.bocabienal.org
Sinopses
DESCARADA
“... sinta-se livre para se movimentar pelo espaço, aqui tudo é tratado como matéria, descaramente camuflado é combustível, há urgência de gerar espaço, há necessidade de tensionar as relações, há curiosidade em saborear o tempo real. Já está acontecendo, debaixo da sua pele, debaixo do seu nariz, na sua cara …” Patrícia Árabe
Criação e Interpretação: Patrícia Árabe
Acompanhamento Artístico: Sofia Dias & Vitor Roriz
Direção Técnica: Zeca Iglésias
A BODY THAT HIDES ALSO STANDS
Como falar sobre invisibilidade enquanto seres visíveis que somos? Esta foi uma das premissas para desenvolver a peça “A body that hides also stands”. Através de palavras, desenhos, ações e silêncios, a peça toma a forma de pequenos capítulos que se fundem e se compõem: um livro. Um livro A5, com capa dura amarela e 96 páginas.” Marta Ramos.
Ficha Artística: Criação e Interpretação: Marta Ramos
Acompanhamento Artístico: Sofia Dias & Vitor Roriz
Direção Técnica: Zeca Iglésias
MIRAGEM
Partindo da ideia de informação como restrição, a performance convida o público a preencher os espaços sombreados por bordas maleáveis que se formam , reformam, viram a direita, balance point, acelera, muda o foco e sobra, isola a cabeça, volta pro tronco, acelera e salta dentro do imaginário de cada um . Um corpo que usando de uma linguagem alimentada por estímulos de signos que se repetem no cotidiano comum; posições extraídas de diferentes situações que dentro de uma “ lógica “ pessoal muitas vezes se dispersa e volta, aceita o ponto de dispersão e o inclui no não disperso, cria uma ficção (não) narrativa ou apenas te faz pensar em o que aconteceu durante o dia , quais roupas precisam ser lavadas ou ainda gerar uma vontade de rolar o feed de alguma rede social.
Ficha Artística: Criação e Interpretação: Renann Fontoura
Música: Ryoji Ikeda - Space
Aconselhamento Artístico: Sofia Dias & Vitor Roriz
Direção Técnica: Zeca Iglésias
Biografias
Marco Martins
Marco Martins nasceu em Lisboa em 1972. O seu trabalho artístico inclui o Cinema, as Artes Visuais e o Teatro. Os seus filmes foram premiados nos principais Festivais Internacionais (Cannes, Veneza ou Roterdão). Fundou o Arena Ensemble com Beatriz Batarda em 2007. Desde essa data, apresentou-se regularmente nos principais palcos nacionais, tendo apresentado várias peças a nível internacional, muitas delas com comunidades específicas incluindo artistas profissionais e não-actores.
Charles Fréger
Charles Fréger é um artista, fotógrafo, que se tem empenhado em criar a colecção “Retratos fotográficos e uniformes”, uma série dedicada a grupos de desportistas, soldados ou estudantes, centrada sobretudo no que vestem, no seu uniforme, com fotografias tiradas na Europa e em todo o mundo. “Faire face”, a sua primeira série, deve o nome à convicção do artista de que o embate subtil que é o encontro do fotógrafo e do seu sujeito é o melhor modo de apreciar o que num ser é substancial, bem como a sua pertença a um corpo social. A solidariedade e o espírito de equipa é o que move estes indivíduos cuja indumentária, e o modo como a vestem, é a expressão do “encarnar o personagem” ou do “julgar pela aparência”. Mas o lado uniforme, estático, da imagem fotográfica, que neutraliza a presença do fotógrafo e promove a fidelidade à imagem fotografada, é apenas aparente. A escolha de uma pose, o detalhe das mãos ou das linhas do rosto, a importância dada à composição da imagem repõem a intensidade da presença, o ajuste entre a pessoa e o seu mundo e o seu lugar na sociedade. https://www.charlesfreger.com
Dieter Mersch
Dieter Mersch é filósofo e professor na Universidade das Artes de Zurique. Estudou matemática e filosofia em Colónia, Bochum e Darmstadt. Entre 2004 e 2013 foi Professor Associado de Teoria dos Media e mentor do Programa de Formação Doutoral intitulado “Visibilidade e Visualização: Pensar com Imagens”. Entre 2013 e 2021 ocupou o cargo de director do Instituto de Teoria Crítica da Universidade das Artes de Zurique, Suíça, e foi Professor de Teoria Estética. Publicações recentes: Ordo ab Chao / Order from Noise, Zurique / Berlim 2013, Epistemologies of Aesthetics, Zurique / Berlim 2015, Manifesto of Artistic Research. A Defense against its Advocates, Zurique/Berlim 2020 (em associação com Silvia Henke, Nicolaj van der Meulen, Thomas Strässle e Jörg Wiesel) e ainda ensaios sobre Filosofia dos Media, Teoria da Arte, Investigação nas Artes, Teoria da Imagem, Musicologia e Crítica Digital.
Alexander Gerner
Alexander Gerner é dramaturgo, curador, orientado para o estudo e investigação no campo da filosofia da tecnologia humana (PHILHUMTECH) no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa (CFCUL). É doutorado em História e Filosofia da Ciência. Tendo-se dedicado ao tema do Aprimoramento Cognitivo, investiga hoje os aspectos interdisciplinares de temas como: a filosofia da tecnologia, a tecno-antropologia de performance, as dramaturgias da tecnologia, humanos artificiais, avatares, a estranheza digital, mimesis e alteridade, a facies pós-humana e máscaras digitais no âmbito da pesquisa “Hacking Humans: Dramaturgies and Technologies of becoming other” [DL57/2016/CP1479/CT0062]. O hacking é percebido como um método pelo qual a tecnologia se multiplica, assim se voltando para novos modos de interagir e para se tornar um “Outro”.
Integrado na Bienal BoCA
Aconselhamento artístico
Sofia Dias e Victor Roriz
Direção técnica
Zeca Iglésias
Produção
Fórum Dança