Profanações

Profanações

Território #3

Profanações

Território #3

Curadoria: David Revés

Profanar os corpos, profanar o Tempo, profanar a História. Numa apropriação do título do livro homónimo de Giorgio Agamben, Profanações pretende avaliar criticamente os ideais racionalistas de Progresso e sua maquinaria de mobilização cinética sob os quais as sociedades ocidentais se têm orientado. Afirmando a profanação enquanto gesto especulativo que possibilite a criação de novos horizontes para pensar e fazer-mundo, esta exposição reunirá obras de diferentes naturezas e origens, propondo distintas modalidades de pressionar a História e suas expectativas normalizadoras, assim como procurando exaltar todas as materialidades — esquecidas, presentes e futuras — que existem no seu interior.

Caminharemos, assim, por territórios estéticos que se situam entre o transcendente e o telúrico, convocando produções oriundas da religião, bruxaria, sexualidade, adivinhação, entre outras, que se afirmam como formas de contrariar dispositivos de controlo, rigidificação e previsão da experiência. Em tudo isto uma ideia latente: a que encara a Matéria e a Terra — e todos os seus ritmos, paixões e tumultos — como forças agenciais, radicais e absolutas.


Como nasce uma exposição? Através de que processos? Território é um novo ciclo de programação de artes visuais da Culturgest. A cada nova exposição, uma curadoria explora o seu território. Uma conversa com David Revés sobre o seu território, para ver no espaço Fidelidade Arte e na Culturgest Porto.
Jacques Fabien Gautier D’Agoty, Anatomia das Mãos, in “Myologie Complette en Couleur Naturelle”, 1764.

30 SET 2023
– 14 JAN 2024

Culturgest Porto
Entrada gratuita

INAUGURAÇÃO (entrada livre)
29 SET, 22:00 - 00:00

HORÁRIO:
TER - DOM
13:00 - 18:00

Biografia David Revés

David Revés [1992, PT] é curador independente, escritor e investigador. Vive e trabalha entre Portugal e a Suécia. Tem um mestrado em Estudos Artísticos (FBAUP) e uma pós-graduação em Ciências da Comunicação — Culturas Contemporâneas e Novas Tecnologias (FCSH — UNL). É fundador do Metanoia, um projeto nómada que organizará, a partir de 2024, um programa de exposições, seminários e publicações em torno de narrativas de extinção e linguagens especulativas. Enquanto curador, desenvolveu projetos expositivos para diversas instituições, tais como: Associação Alfaia, Loulé; Fundação DIDAC e Igrexa da Universidade, ambas em Santiago de Compostela; Casa da História Judaica, Elvas; Museu Municipal de Faro; e Galeria Uma Lulik__, Appleton, Fundação Leal Rios, Rua das Gaivotas 6, Fundação Arpad Szenes — Vieira da Silva, Galeria Liminare, Carpintarias de São Lázaro, Casa do Capitão, todas em Lisboa; entre outras. Foi programador e curador da Galeria Painel, Porto, curador residente na Fundação DIDAC, Santiago de Compostela, Espanha, e integrou a equipa curatorial do CINENOVA — Interuniversity Film Festival. Como crítico e investigador colaborou com instituições portuguesas de referência, tais como o Museu Nacional Soares dos Reis, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, BoCA: Biennial of Contemporary Arts, Centro de Arte Oliva, ou ainda o Centre d'art contemporain (CAC) - Meymac, França. Em 2022 organizou a residência “Towards the Planetary” na Associação Alfaia, Loulé, convocando artistas, artesãos, autores e outros curadores em torno do pensamento da natureza, cultura, tecnologia e do Planetário. Desenvolve regularmente uma atividade crítica e ensaística para revistas especializadas, livros de artista, edições académicas, palestras e seminários. Os seus textos foram já publicados na DARDOmagazine [Espanha], Floating Projects [China], ExibartMagazine [Italia], SUMAC Space [Médio Oriente] e BoCA blog [Portugal]. É colaborador regular da revista portuguesa Contemporânea.

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Fidelidade Arte
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