Até podemos apenas admirá-los à distância, mas é impossível não deixarmos de sentir na pele as dores desta etapa na vida dos Capitão Fausto. Perder um elemento num conjunto de amigos que desde a adolescência parecem ter criado um pacto eterno de partilha criativa musical, deverá ser um momento difícil de questionamento e superação. E se até aqui tudo foi feito a cinco, também a despedida contou com a presença do Francisco, ajudando todos a ultrapassar esta subida infinita que festeja uma união, na sua essência, inabalável. Mas, na descida à realidade, Capitão Fausto será a partir de agora um quarteto. E visitam a Culturgest não para três, mas quatro concertos que ajudarão a suavizar a dor deste inesperado adeus e a ocultar a comoção do modo como estes rapazes decidiram heroicamente lidar com esta transformação — afinal, falamos sempre em transformação para evitar falarmos de algo que termina, mesmo quando sabemos que algo sempre (re)começa.