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Coletivo de Público Residente: Sessões Abertas
Coletivo de Público Residente: Sessões Abertas
No âmbito do projeto Isto Não é Um Cubo, que propõe um olhar situado sobre os modos de criar e experienciar a arte contemporânea, recebemos Fernanda Fragateiro, uma artista cuja prática se define pela interseção entre escultura, arquitetura e instalação. O seu trabalho investiga o espaço, a matéria e a relação com o público, desafiando as formas convencionais de apresentação e fruição da arte.
Com um percurso consolidado em exposições nacionais e internacionais, Fernanda Fragateiro traz para esta sessão a sua experiência e reflexão sobre a ocupação de lugares, a interação com o espectador e as relações espaciais abertas pela prática artística.
21 JUN 2025
SÁB 16:30
Entrada gratuita
Duração 2h
M/12
Biografia
Fernanda Fragateiro
Vive e trabalha em Lisboa. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio (1978-1981) onde realizou a sua primeira exposição, “Panoramas” (com António Campos Rosado), em 1981. Estudou na AR.CO – Centro de Arte e Comunicação, (1981-1982 Lisboa), e depois frequentou o curso de escultura na Escola Superior de Belas Artes (1983-1987). Na década de 80 deu início a uma colaboração em diversos projetos editoriais na área da ilustração. Entre 1997 e 1999 lecionou ilustração na AR.CO, e entre 1999 e 2000 deu aulas na pós-graduação de Design Urbano, no Centro Português de Design, em Lisboa.
O seu trabalho caracteriza-se pela interdisciplinaridade. Áreas como a escultura, a instalação, a cerâmica, a arquitetura, o design ou a ilustração cruzam-se e relacionam-se reciprocamente, em obras que dialogam com o espaço e em que o espetador, muitas vezes, é convocado para uma ação performativa complementado a obra.
Desenvolve projetos para espaços públicos e não convencionais, em trabalhos que por vezes são apenas subtis intervenções ou acrescentos no lugar ou paisagem, como é exemplo o Jardim das Ondas, obra que criou para a Expo’98, Parque das Nações (1998, Lisboa). Para além de Eu espero, obra criada para o 5º Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1999, dos seus projetos públicos destacam-se, Desenho suspenso (Parque Natural do Pisão, Cascais, 2011) ou Concrete Poem (Vila Nova da Barquinha, 2012).
Expondo individualmente pela primeira vez em 1987, desde então tem participado em várias exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, destacando-se a retrospetiva Quarto a céu aberto (Culturgest, Lisboa, 2003), e mais recentemente a individual Stones against diamonds, na NC-Arte (Bogotá, Colômbia, 2014). Entre outros prémios e distinções, destaca-se o Prémio Tabaqueira da Arte Pública, Açores, 2001.