Coletivo de Público Residente: Sessões Abertas
Coletivo de Público Residente: Sessões Abertas
No âmbito do projeto "Isto não é um cubo", a intervenção de Ricardo Barbosa Vicente propõe uma reflexão sobre a interseção entre arquitetura, espaço e criação artística, destacando o impacto que os ambientes construídos têm na experiência e fruição das artes.
Com um percurso que combina arquitetura, sustentabilidade e programação cultural, e uma vasta experiência internacional, Ricardo Vicente traz uma abordagem que transcende a visão tradicional dos espaços expositivos, questionando os seus limites e possibilidades. A sua apresentação procura evidenciar de que forma os espaços moldam – e são simultaneamente moldados – pela prática artística e pela relação com os públicos.
Entre as convenções do “cubo branco”, associado à neutralidade dos museus e galerias, e da “caixa negra”, típica dos espaços cénicos e performativos, será explorado o contributo da arquitetura e da programação cultural enquanto ferramentas de mediação.
A partir da sua experiência em projetos desenvolvidos em Portugal, Cabo Verde e São Tomé, Ricardo Vicente abordará o potencial dos espaços híbridos na construção de novas narrativas coletivas. Mais do que simples contenções físicas, estes espaços assumem-se como agentes ativos na participação do público, na experimentação artística e na ressignificação dos territórios, reforçando a cultura como um campo dinâmico de encontro, confronto e transformação.
25 OUT 2025
SÁB 16:30
Entrada gratuita
BIOGRAFIA
Ricardo Barbosa Vicente nasceu em Lisboa em 1980, filho de cabo-verdianos, é Licenciado em arquitetura, mestrado executivo e doutorando pelo MIT Portugal / KIC InnoEnergy. Atualmente é assessor técnico e cultural na embaixada de Cabo Verde em Portugal. Em arquitetura trabalhou em projetos de várias escalas em diferentes países, recebeu distinções e prémios, entre eles, finalista do World Architecture Festival, Prémio Nacional de Arquitetura de Cabo Verde, ArchDaily Building of the year. Após projetar o Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa, aceitou o desafio de gerir, programar e curar na instituição. Formou-se na SNBA e tem colaborado como independente com diferentes instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais. Foi co-curador da X Bienal de Arte de São Tomé e Príncipe com apoio pela Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente integra o júri do concurso de Apoio à Criação Artística - Artes Performativas, Artes Visuais, Cinema e Cruzamentos Disciplinares da Fundação Calouste Gulbenkian.