Formiga Atómica

Formiga Atómica

No Melhor Chá Cai a Mosca

Formiga Atómica

No Melhor Chá Cai a Mosca

Moderação: Pedro Vieira

No Melhor Chá Cai a Mosca é um ciclo de conferências sobre o humor, tema central do espetáculo Uma Mosca no Nosso Chá, da Formiga Atómica, que estreia em outubro de 2026 na Culturgest. Se por “chá” entendermos civilização, e por “mosca”, uma presença incómoda, então as moscas no chá são esses momentos em que o humor desafia os costumes e incomoda as sociedades. É precisamente sobre esses chás, da sociologia à antropologia, da história ao guionismo, e sobre as respetivas moscas que cada conversa deste breve ciclo se debruça, com moderação de Pedro Vieira, ilustrador, guionista e escritor. 

PROGRAMA NO MELHOR CHÁ CAI A MOSCA

17 MAR 19:00
Chá, Tisana e Kombucha: Humor e Diferenças Culturais
Marco Neves, Maria João Cruz
Garantir lugar

O humor é universal? Porque é que, um pouco por todo o lado, contamos as mesmas piadas mudando apenas a nacionalidade dos intervenientes? Ou há humores culturais? Identitários? Será que em cada chá só cai um tipo de mosca?


25 MAR 19:00
Falta de Chá: Humor, Tabus e Censura
Rui Lopes e Rita Luís, Mélanie Toulhoat
Garantir lugar

Será que o humor pode ser tão poderoso que precise de ser eliminado? Pode o humor abalar os pilares essenciais das nossas sociedades? Fazer estalar as chávenas de chá? Que perigo traz o humor descontrolado que leva alguns poderes censórios a querer proibi-lo? E é sequer possível proibir o humor? Será que há chás que eliminam moscas?


1 ABR 19:00
Do Chá ao Iced Tea: Humor, passado e presente
Cristina Sampaio e Verena Alberti
Garantir lugar

O humor é mesmo a melhor arma contra o medo? E contra o pior de todos os medos — o medo da morte? 

© Manuel Loureiro.

17 MAR 2026
TER 19:00

25 MAR 2026
QUA 19:00

01 ABR 2026
QUA 19:00

Pequeno Auditório
Entrada gratuita

*mediante pré-inscrição disponível em culturgest.pt ou levantamento de bilhete 15 min. antes (sujeito à lotação da sala). As pré-inscrições não levantadas são disponibilizadas 15 min. antes do início da conferência

GARANTIR LUGAR
17 MAR 19:00
Chá, Tisana e Kombucha:
Humor e Diferenças Culturais

Marco Neves, Maria João Cruz

GARANTIR LUGAR
25 MAR 19:00
Falta de Chá
Humor, Tabus e Censura

Rui Lopes e Rita Luís, Mélanie Toulhoat

GARANTIR LUGAR
1 ABR 19:00
Do Chá ao Ice Tea
Humor, passado e presente

Cristina Sampaio e Verena Alberti

BIOGRAFIAS

Moderação

Pedro Vieira nasceu em Lisboa em 1975, mas não se nota. Tenta passar por homem do Renascimento, embora as múltiplas atividades em que investe se devam mais à falta de um talento inequívoco. Digamos que está mais perto dos Da Vinci de Já fui ao Brasil do que do génio italiano. É social media manager, porque estas bios não passam sem palavras estrangeiras, e escritor. E faz desenhos e programas na televisão. Mas é sobretudo um vampiro de terceiros, usando transeuntes inocentes para as suas diatribes mais ou menos ficcionadas. É igualmente um frequentador de ruas, vielas e autocarros, o que lhe oferece muita matéria-prima. Casado, com um filho, sofre por vezes dos nervos.

 

Convidados

Cristina Sampaio

Nasceu em Lisboa. Trabalha desde 1987 como ilustradora infanto-juvenil, área onde publicou mais de uma vintena de livros. A partir de 1986 começou a trabalhar como cartunista para diversas revistas e jornais, nacionais (entre eles Público e Expresso) e internacionais (entre eles The New York Times e Kleine Zeitung).

Está representada em inúmeras publicações coletivas de ilustração e de cartoon. Trabalhou em cenografia e em multimédia. Realiza curtas de animação para a TV, integrada no coletivo Spam Cartoon. Presente em numerosas exposições em Portugal e no estrangeiro.

O seu trabalho mereceu quatro exposições retrospectivas (2001, 2018 e 2019). Detentora de diversos prémios, com destaque para o Prémio Stuart de Desenho de Imprensa (2006 e 2010) e o 1º Prémio de cartoon editorial do World Press Cartoon (2007), onde recebeu igualmente duas menções honrosas (2009 e 2015). Em 2009 o Festival da Amadora atribuiu-lhe o prémio de melhor ilustração infantil pelo livro Canta o Galo Gordo. Desde 2009 faz parte do Cartooning for Peace.

 

Maria João Cruz (Barreiro, 1970), argumentista. É autora de ficção e humor para televisão e rádio, e de textos para teatro.
Para televisão, entre outros, escreveu para Herman Enciclopédia, A Última Noite, O Fabuloso Destino de Diácono Remédios, A Mãe do Senhor Ministro e Programa Cautelar. Escreveu e fez coordenação de guião de Manobras de Diversão TV, O Inimigo Público TV, Herman SIC, O Programa da Maria, Os Contemporâneos, Estado de Graça, Donos Disto Tudo, Herman SIC, Herman 2010/2013 e Cá por Casa

Em rádio foi co-autora de HermanJornal, As Fitas do Herman, HermanSF e O Tal País, crónicas de Herman José, e O Exame de Dona Rosete e Rádio Taxismo, crónicas de Maria Rueff.

É autora das peças Um Dom Quixote, adaptação a partir de Cervantes e de Moby Dick, adaptação a partir de Herman Melville, e co-autora dos textos do projecto Boca Aberta, criações para a infância, no Teatro Nacional D. Maria II.

 

Marco Neves 

Professor na NOVA FCSH e investigador no CETAPS. Fundador da Eurologos Portugal, empresa de tradução criada em 2006. 

Dedica-se à divulgação linguística e cultural. É autor de vários livros na área das línguas e tradução, incluindo História do Português desde o Big Bang, Gramática & Pontuação e Atlas Histórico da Escrita; criador de vídeos pedagógicos e educativos com 400 mil seguidores nas redes sociais (Instagram, Facebook, TikTok e YouTube) e um número de visualizações mensais de aprox. 7 milhões. É apresentador do programa semanal Português Suave na Rádio Observador, bem como do segmento diário Esta língua que nos une na RTP 1 e RTP Notícias.

 

Mélanie Toulhoat é historiadora, investigadora em história contemporânea do Brasil e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). É doutorada em História contemporânea pela Universidade Sorbonne Nouvelle (IHEAL-CREDA) e pela Universidade de São Paulo (2019). A sua tese de história da ditadura militar brasileira obteve o Prémio de Tese 2020 da Presses Sorbonne Nouvelle. Este trabalho analisa várias formas de humor gráfico publicadas na imprensa independente, e alguns mecanismos visuais e comportamentais de resistência política e cultural contra a censura e repressão, sob o regime militar brasileiro (1964-1985).

Foi investigadora pós-doutorada do Laboratório de Excelência “Histoire et Anthropologie des savoirs, croyances et techniques” (LabEx HASTEC) da Escola Prática de Altos Estudos (EPHE), afiliada ao Institut des Mondes Africains (IMAF) em 2020-2021, e membro científico da Casa de Velázquez – École des Hautes Études Hispaniques et Ibériques em 2021-2022. Preside também à ARBRE — Association pour la recherche sur le Brésil en Europe e é membro da coordenação do projecto de história pública internacional História da Ditadura.

A sua investigação actual centra-se em projectos de educação popular e alfabetização de adultos desenvolvidos na Guiné-Bissau pós-independência por uma série de educadoras/educadores, quadros e militantes nacionais e internacionais.
 

Rita Luís (Doutoramento na Universitat Pompeu Fabra (UPF), Barcelona, 2015) é especializada na história dos mass media no contexto das ditaduras ibéricas do século XX. A sua dissertação, que recebeu o II Premio Internacional de Investigación doctoral ASHISCOM em 2017, centrou-se na recepção do Processo Revolucionário Português de 1974-1975 na imprensa tardo-franquista.

Atualmente, é investigadora no Instituto de História Contemporânea, Universidade de Évora, onde coordena o grupo de investigação em Cultura, sendo vogal da Direção entre 2021 e 2022. Desenvolveu um projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia sobre a prática e vida quotidiana da censura ibérica (CEECIND/02813/2017) e foi IP do projecto exploratório Censura(s): um modelo analítico de processos censórios (EXPL/COM-OUT/0831/2021). Anteriormente, trabalhou no campo da educação e argumentação, nomeadamente na didáctica da História, e sobre o papel da televisão pública no desenvolvimento da imagem do império colonial português. Mantém uma colaboração próxima com o grupo de investigação em jornalismo (Grup de Recerca en Periodisme) da UPF em Barcelona.

 

Rui Lopes doutorou-se em História Internacional na London School of Economics and Political Science (LSE) e é investigador do Instituto de História Contemporânea da NOVA FCSH. Foi professor na LSE e na Goldsmiths, University of London. Trabalha sobre cultura na Guerra Fria, bem como sobre a dimensão internacional do Estado Novo e do colonialismo português, tendo publicado o livro “West Germany and the Portuguese Dictatorship, 1968–1974: Between Cold War and Colonialism” (Palgrave Macmillan, 2014) e variados artigos científicos.

É membro do conselho editorial da revista Práticas da História: Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past e coordenador do projecto “Amílcar Cabral, da História Política às Políticas da Memória”. Ao abrigo do programa Investigador FCT, está neste momento a pesquisar sobre a imagem de Portugal na ficção audiovisual ocidental ao longo da ditadura salazarista.

 

Verena Alberti 

É licenciada e bacharel em História pela Universidade Federal Fluminense (1983), mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), doutora em Teoria da Literatura pela Universitat Gesamthochschule Siegen, Alemanha (1993), e pós-doutora em Ensino de História pelo Institute of Education da University of London (2009). É professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), na área de Métodos e Técnicas de Ensino de História. Na Uerj exerce a função de coordenadora institucional do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), contemplado pelo Edital Pibid/Capes 7/2018, e integra o colegiado da Comissão Acadêmica Local do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória). Atua também como professora de História da Escola Alemã Corcovado, no Rio de Janeiro. Entre 1985 e 2018 foi pesquisadora do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas (CPDOC-FGV), em cuja Escola de Ciências Sociais ministrou disciplinas de graduação e onde integrou o Programa de Pós-graduação em História, Política e Bens Culturais. Tem experiência no campo da História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História e em História Contemporânea do Brasil, com destaque para as seguintes áreas: ensino de história, história oral, narrativa, história das relações raciais e história do pensamento sobre o riso. Publicou, entre outros, "O riso e o risível na história do pensamento" (1999, 2002, 2011), "Manual de história oral" (1990, 2004, 2013) e "Ouvir contar: textos em história oral" (2004), e organizou "Histórias do movimento negro no Brasil" (em co-autoria com Amilcar Araujo Pereira, 2007).

 

Moderação

Pedro Vieira 

Conceção e direção do projeto

Miguel Fragata, Inês Barahona 

Comunicação

Mafalda Guedes Vaz 

Produção executiva

Luna Rebelo e Sofia Bernardo 

Produção

Formiga Atómica 

A Formiga Atómica é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa / Polo Cultural Gaivotas | Boavista 

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