Lia Rodrigues
Lia Rodrigues
A palavra “borda” significa fronteira, margem, limite, barreira. Existem fronteiras geográficas e políticas, representadas por muros, arames farpados, postos de controle, portões. Essas fronteiras pressupõem uma hierarquia e criam zonas de oposição: hospitalidade e hostilidade, liberdade e dominação, o que é considerado nativo e o que é estrangeiro, inferior e superior. É o lugar da alteridade. As fronteiras distinguem grupos e povos, humanos e não humanos. Quem pertence e quem não pertence?
A palavra “borda” pode também derivar do verbo “bordar”, que significa enriquecer, decorar, aprimorar.
Num sentido figurado, a palavra “borda” pode significar imaginar, fantasiar. A imaginação intensifica os sonhos, as fábulas, as miragens, a criação. Como podemos trabalhar a partir de uma realidade entrelaçada por linhas visíveis e invisíveis, que ultrapassam os limites das fronteiras? Talvez, pacientemente, tecendo juntos um lugar poroso de alteridade fluida, um bordado onde as margens se movem, flutuam e dançam.
A coreógrafa brasileira Lia Rodrigues cria as suas obras no Centro de Artes da favela da Maré no Rio de Janeiro e é considerada uma das vozes mais singulares e originais da dança contemporânea internacional.
02 JUN 2026
TER 21:00
03 JUN 2026
QUA 21:00
Conversa pós-espetáculo com Lia Rodrigues
3 JUN
Criado por
Lia Rodrigues
Interpretação e criação em colaboração com
Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey da Silva, David Abreu, Raquel Alexandre, Daline Ribeiro, João Alves, Cayo Almeida, Vitor de Abreu
Assistente de criação
Amalia Lima
Dramaturgia
Silvia Soter
Colaboração artística e imagens
Sammi Landweer
Desenho de luz
Nicolas Boudier
Operação de palco e luz
Magali Foubert
Banda sonora
Miguel Bevilacqua (a partir de trechos de uma gravação feita em 1938 no norte do Brasil pela Missão de Pesquisas Folclóricas concebida pelo escritor e intelectual Mário de Andrade, e trechos da música de domínio público Amor Amor Amor, parte do repertório de Cavalo Marinho, dança brasileira interpretada por Luiz Paixão)
Mistura e masterização
Ronaldo Gonçalves
Administração, agenciamento e gestão de produção
Colette de Turville
Responsável por agenciamento e produção
Astrid Toledo
Produção e gestão no Brasil
Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado
Secretaria e administração no Brasil
Gloria Laureano
Apoio logístico Centro de Artes da Maré
Sendy Silva
Professores
Amalia Lima, Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva
Figurinos
Lia Rodrigues Companhia de Danças
Costureira
Antonia Jardilino De Paiva
Produção
Lia Rodrigues Companhia de Danças
Coprodução
Kunstenfestivaldesarts – Bruxelas / Maison de la danse, Pôle européen de création, com apoio da Biennale de Lyon, Chaillot – Théâtre National de la Danse – Paris, Le CENTQUATRE – Paris, Festival d’Automne à Paris, Wiener Festwochen – Viena, La Bâtie – Festival de Genève – Comédie de Genève, Romaeuropa – Roma, PACT Zollverein – Essen, One Dance Festival – Plovdiv, Theater Freiburg, Muffatwerk – Munique, Passages Transfestival – Metz, Festival Perspectives – Saarbrücken, Le Parvis scène nationale Tarbes-Pyrénées, Tanz im August, HAU Hebbel am Ufer – Berlim, Théâtre Garonne, scène européenne – Toulouse, Le Lieu Unique, Scène nationale de Nantes (residência na La Libre Usine)
Com o apoio de
Redes da Maré e Centro de Artes da Maré
Agradecimentos
Thérèse Barbanel, Corpo Rastreado, Inês Assumpção, Luiz Assumpção, Diana Nassif, equipe do Centro de Artes da Maré, Jacques Segueilla
Dedicado a
Max Nassif Earp
Lia Rodrigues é artista internacional associada ao CENTQUATRE-PARIS e à Maison de la danse / Pôle européen de création, com apoio da Biennale de Lyon.
Borda é uma criação da Lia Rodrigues Companhia de Danças, concebida no Centro de Artes da Maré, Rio de Janeiro, Brasil.