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Achille Mbembe

Achille Mbembe

Para um Mundo Sem Fronteiras

Achille Mbembe

Para um Mundo Sem Fronteiras

Mobilidade e circulação são experiências cruciais no mundo contemporâneo – experiências que nos fazem encontrar o outro, que nos permitem abraçar a diferença, abrir para outros modos de fazer o mundo que exigem o exercício pleno da empatia. No entanto, a história da mobilidade mundial é também uma história de inclusões e exclusões, fronteiras e limites – geográficos, sociais, económicos e culturais. Superar essa dicotomia e abrir o mundo que compartilhamos exige práticas e reflexões arrojadas.

Para um mundo sem fronteiras é o tema da conferência de Achille Mbembe (Camarões, 1957), professor de História e Política no Wits Institute for Social and Economic Research da Universidade de Witwatersrand (Joanesburgo, África do Sul) e em Harvard. Doutorado em História e Política (Universidade de Paris I-Panthéon Sorbonne e Instituto de Estudos Políticos em Paris), ensinou em Berkeley, Columbia e Yale. É membro da Academia Americana de Artes e Ciências e dirigiu o Council for the Development of Social Science Research in Africa, em Dakar (Senegal). Nesta cidade cocriou, em 2016, Les Ateliers de la Pensée, um espaço de debate vital e de encontro entre pensadores, académicos e artistas, do continente africano e suas diásporas.

Um importante pensador no campo da teoria crítica, da história, da estética e da filosofia política, tem trabalhado extensivamente sobre a teoria pós-colonial e a política africana. Das suas publicações destacam-se On the Postcolony, Crítica da Razão Negra (prémio literário Geschwister Scholl, 2015) e Politicas da Inimizade. Em 2018 foi galardoado com os prémios Ernest Bloch e Gerda Henkel.  

Teaser Achille Mbembe na Culturgest
Conferência integral: Para um mundo sem fronteiras de Achille Mbembe na Culturgest

09 OUT 2018
TER 18:30

Auditório Emílio Rui Vilar
Entrada gratuita*
Duração 2h

* Entrada gratuita (sujeita à lotação), mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 18:00

Em inglês

25 Anos Culturgest

A Culturgest abre esta temporada no início de outubro, 25 anos depois da sua inauguração. Ao longo deste período, a Culturgest teve um papel significativo no desenvolvimento do tecido artístico que carateriza a cidade de Lisboa. Acompanhou o trabalho de encenadores e coreógrafos, produzindo novas criações e apresentando-as a um público crescente, encomendou obras a artistas visuais, organizando exposições individuais e coletivas, realizou concertos de música, do fado ao jazz, das músicas do mundo à música erudita, sempre com um olhar atento aos desenvolvimentos nacionais e internacionais. Ao longo dos anos, este programa artístico tem sido acompanhado por uma programação de conferências e debates e uma oferta diversificada de oficinas, visitas guiadas, encontros e espetáculos para escolas e famílias.

Para celebrar o seu 25.º aniversário, a Culturgest apresenta um programa com alguns dos nomes de maior destaque na criação e no pensamento contemporâneos. As festividades abrem com a estreia europeia do concerto Konoyo do músico canadiano Tim Hecker, acompanhado por um ensemble de música Gagaku do Japão, e continuam com o delicioso Bal Moderne, que regressa à Culturgest passados dez anos. Para um Mundo sem Fronteiras é o título da palestra que o pensador camaronês Achille Mbembe apresenta, numa das análises mais lúcidas e influentes do atual mundo pós-colonial e multicêntrico. As suas teses encontram ressonâncias no trabalho do artista plástico franco-argelino Kader Attia, que se apresenta na Culturgest com a sua primeira exposição individual em Portugal. Em simultâneo, apresenta-se o trabalho do artista venezuelano, residente em Lisboa, Juan Araujo. Um dos pontos altos do programa 25 anos Culturgest é, sem dúvida, a peça Os Seis Concertos Brandeburgueses, a maior coreografia de sempre de Anne Teresa De Keersmaeker, executada por dezoito bailarinos da companhia Rosas e pelo ensemble de música barroca B’Rock, que interpreta a obra-prima de J.S. Bach ao vivo. Para finalizar, dois projetos participativos: Coletivo de Curadores, um grupo de colaboradores da Caixa Geral de Depósitos vai conceber e montar uma exposição a partir da coleção de arte contemporânea da CGD, com a ajuda da curadora Filipa Oliveira; de seguida a Culturgest convida organizações, escolas e associações locais para criar e manter 25 espaços verdes na zona envolvente do edifício-sede da CGD.

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