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CONVERSAS

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Para o Gil

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Para o Gil

23 MAR

CORPO-EDUCAÇÃO
QUI 16:00 - 18:00
Com: Ana Silva Marques, Baileia, Cristina Graça, Joana Von Mayer Trindade, Mariana Lemos, Sílvia Pinto Coelho e Sílvia Real.
Curadoria e orientação: Ezequiel Santos, Sofia Neuparth e Teresa Prima.
Palco do Pequeno Auditório

Em Corpo – Educação, a premissa é facilitar um encontro experiencial, partindo da visão livre e fluída que Gil Mendo tinha sobre a educação. Começamos com uma sessão somática e expressiva que, a seguir, nos ligará a duas ações orientadas para debate: dar e receber. Dar, pensando nas comunidades humanas com as quais trabalhamos, e receber, lembrando as nossas necessidades e desafios enquanto artistas e cientistas.  Ao longo de duas horas participaremos - através da escuta, do movimento, da palavra ou do desenho – na construção de um chão comum.

NETWORK E INTERNACIONALIZAÇÃO
QUI 18:30 – 20:30
Com: Cristina Grande, António Pinto Ribeiro, Ghislaine Boddington, Miguel Honrado e Manuèle Debrinay-Rizos.
Moderação: Ezequiel Santos
Curadoria: Dora Carvalho e Ezequiel Santos
Em Português e Inglês
Sala 2

Gil Mendo une-nos neste encontro. É a forma como gizou a internacionalização da dança contemporânea portuguesa – através de redes formais e informais - que dá o mote para esta conversa. Estarão presentes algumas das pessoas que trabalharam e privaram com Gil Mendo em diferentes redes, instituições e eventos, nomeadamente no IETM, Klapstuk, Forum Dança, Skite, IPAE e Fundação Roberto Cimetta: Cristina Grande, António Pinto Ribeiro, Ghislaine Boddington, Miguel Honrado, Manuele Debrinay-Rizos e Ezequiel Santos, que faz também a mediação da conversa. Será partilhado nesta conversa aquilo que as marcou em cada momento, recordando a forte influência que Gil Mendo teve no desenvolvimento e consolidação da dança contemporânea portuguesa, e traçando, também, uma visão possível para um futuro comum.

24 MAR

PROGRAMAÇÃO
SEX 16:00 - 18:00
Com: André Lepécki, Francisco Frazão, José Laginha, Madalena Victorino, Mónica Guerreiro.
Curadoria e moderação: Né Barros
Sala 2

O que nos une neste encontro é uma ligação a Gil Mendo. Entre as suas diversas atividades, esteve a programação. O que é programar? Onde estão os limites entre o gesto de programar e a pragmática de uma atividade concreta. Inúmeros pontos sensíveis são tocados por essa atividade: arte e mercado, arte e sistema, arte e o gosto, arte e ética, arte e missão, etc.. Programador, curador, ou outros termos que ainda se possam associar, vão sendo designações que traduzem a complexidade desta atividade. Ou ainda, noutra perspetiva, programa vs diagrama. Em parte, questões que surgem pela evidente insuficiência, precariedade ou incompletude da programação, em particular, quando esta se discute ao nível macro ou de maior representatividade. Como pensar a programação daqui para a frente? De forma livre e cúmplice, quem participa neste painel parte da sua relação com Gil Mendo para dar o seu testemunho e partilhar as suas experiências e ideias sobre o ato de programar.

QUE POLÍTICAS PARA A DANÇA?
SEX 18:30 – 20:30
Com: Ana Marin, Catarina Vaz Pinto, Daniel Tércio, Marta Martins, Miguel Honrado e Nuno Costa Moura.
Curadoria e moderação: Paula Varanda
Sala 2

Nos anos 1990, a comunidade da dança independente em Portugal mobilizou-se numa inédita dimensão política. Criou-se uma associação profissional, formaram-se grupos de trabalho e escreveram-se manifestos. Tomou-se voz junto de grupos parlamentares e organizações governamentais para demonstrar a precaridade no terreno e a falta de uma estratégia institucional para a dança enquanto criação contemporânea e impulsionadora de relações internacionais, de descentralização e interdisciplinares.Neste panorama, com uma inesquecível atitude de escuta, diálogo e admiração pelo setor, Gil Mendo foi um empenhado e fundamental interlocutor com o campo responsável pelas políticas públicas. Nos anos 2020, deparamo-nos com um quadro crítico e paradoxal: cresceu o número de estudantes, profissionais, público e produções, devotados à dança, e na academia afirmou-se o seu poder cultural e reflexivo de identidades e conhecimento. Porém o financiamento, a infraestrutura e a visibilidade institucional são desfasados deste desenvolvimento; são sinais de uma desvalorização política inaceitável que contribui para uma iliteracia social preocupante e que marginalizam a dança contemporânea.Nesta conversa, conhecemos o contributo e opinião deste painel na demanda das políticas para a dança e são debatidos tópicos estruturantes para o estado da arte. Na esteira de uma história de dinamismo e resiliência, e em memória de uma figura essencial para a dança, como podemos inspirar e defender a construção de um programa estratégico e duradouro de política para a dança?

© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Vera Marmelo.
© Pedro Pinto.

23–24 MAR 2023

Palco do Pequeno Auditório e Sala 2
Entrada livre*

*sujeita à lotação da sala

Biografias conversas dia 23 MAR

 

Ana Silva Marques é Professora na Escola Superior de Dança desde 2000 e Investigadora do CESEM-NOVA FCSH. Doutorada em Ciências da Educação, Especialidade Psicologia da Educação - NOVA FCSH (2016), tem o título de Especialista em Dança, pelo Instituto Politécnico de Lisboa, Instituto Politécnico do Porto e Instituto Politécnico de Leiria (2014). Mestre em Performance Artística-Dança, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (2007), Licenciada em Dança, ramo de Educação, pela Escola Superior de Dança, IPL (1999) e Bacharel em Dança - ramos de Educação - Escola Superior de Dança, IPL (1997).

 

Baileia é um núcleo de investigação e práticas artísticas dedicado às infâncias e suas singularidades plurais. É composto pelos artistas-educadores Clara Bevilaqua e Gui Calegari, com o objetivo de criar acontecimentos mediados pela arte num acesso horizontal, com convites que se estendem a pessoas de muitas idades, desafiando-as a co-criarem as próprias experiências. Nasce no ano de 2016 - Lisboa-Portugal em uma contínua construção de práticas artísticas comprometidas com o cruzamento das linguagens entre a dança, a música, o teatro e as manualidades, tecendo relações entre as escolas, teatros, ruas e espaços culturais. A Baileia constrói seu caminho lado-a-lado de pessoas, espaços e estruturas artísticas, com as quais apoiam e sustentam a construção de um pensamento e filosofia de trabalho. Com destaque especial ao: Uai Q Dança (Brasil), Coletivo Lagoa (Lisboa) e c.e.m centro em movimento (Lisboa).

 

Cristina Graça É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, tem uma pós-graduação em Formação de Professores e é detentora do Título de Especialista em Dança outorgado pelo Instituto Politécnico de Lisboa. É professora na Escola Superior de Dança desde 2003. Entre 1985 e 2002, ensinou na Escola de Dança do Conservatório Nacional, tendo sido também professora dos Cursos de Dança da Companhia Nacional de Bailado. Estudou na Escola de Dança do Conservatório Nacional e na London Contemporary Dance School. Dançou com a Oficina de Teatro Dança, o Grupo de Dança Olissipo e a Companhia do Centro Coreográfico Regional de Santarém. Colaborou com o Teatro A Comuna, como professora de Dança e como coreógrafa. Coreografou em 2000 para a Companhia de Dança da Madeira e tem criado pequenas peças para estudantes da Escola Superior de Dança.

 

Ezequiel Santos é Professor na área de Ciências Sociais, Turismo e Artes Performativas, com publicações na área. Psicólogo e Psicoterapeuta Gestalt. Está ligado à dança contemporânea portuguesa desde 1990, tendo sido bailarino, crítico e formador. Desde 1996 que está associado ao Fórum Dança, tendo colaborado com mais de uma centena de coletivos artísticos por todo o mundo. É apreciador do sossego e de pessoas inteligentes e sensíveis.

 

Joana von Mayer Trindade é Bailarina, Coreógrafa e Professora.  Dedica-se à investigação e prática da craft e arte do bailarino/performer com  metodologia própria e abordagem singular. Mestre em SODA-Solo/ Dance/ Authorship, Uni. Artes de Berlin UDK/HZT 2013. Licenciada em Psicologia, FPCEUP, 1998. Fundadora e Diretora Artística da Nuisis Zobop com Hugo Calhim Cristovão (2004). +Info: www.nuisiszobop.com

 

Mariana Lemos é artista da dança. Professora apaixonada, bailarina e amante da música experimental. Atua também como mediadora cultural criando pontes entre pessoas, afetos e lugares. Faz parte do cem desde 2004, tem uma licenciatura e um mestrado em Ensino da Dança e deixa-se fluir entre arte, feminismos e educação há mais de duas décadas. Inaugura em 2023, uma colaboração com a Porta 33, no Porto Santo.

 

Sílvia Pinto Coelho (1975) é Coreógrafa, investigadora integrada no ICNOVA e professora auxiliar convidada na FCSH. É doutorada e mestre em Ciências da Comunicação, licenciada em Antropologia e bacharel em Dança. Desde 1996 coreografa e participa em processos de pesquisa, pedagogia e em filmes com colaboradores de várias áreas.

 

Sílvia Real é bailarina e coreógrafa. Iniciou os seus estudos em dança clássica com Luna Andermatt. Em 1997 fundou com o músico Sérgio Pelágio as Produções Real Pelágio. Foi diretora artística do Grupo23: silêncio!, e desde 2013 coordena o Centro de Formação Artística/Teatro da Voz em estreita parceria com o Espaço Educativo da Graça - A Voz do Operário, em Lisboa. As Produções Real Pelágio definem como intenção central das suas atividades a criação artística e a educação pelas artes, estimulando a sensibilidade artística de crianças e jovens, a par de uma abordagem aos direitos humanos.  https://www.realpelagio.org

 

Sofia Neuparth tem um percurso singular na Arte Contemporânea em Portugal. No final dos anos 80 deu forma a um espaço de investigação, experimentação, formação, criação e documentação artísticas que sustenta as práticas nos estudos do Corpo, do Movimento e do Comum: o c.e.m-centro em movimento. Professora, investigadora e criadora tem participado em vários encontros, laboratórios e conferências mantendo acesa a reflexão continuada a que se dedica exercitando como viver juntos e como a Arte é uma forma fundamental de Conhecimento. Abrindo a experiência da dança ao encontro com outras formas de Conhecimento como a embriologia ou a filosofia emergiram várias criações e publicações.

 

Teresa Prima, facilitadora de dança, artes expressivas e movimento somático, intérprete e coreógrafa. Graduada como Living Somatics Movement Teacher e Tamalpa Level II graduate. Desenvolveu projetos a solo e em parceria com outros criadores e foi intérprete de encenadores e coreógrafos nacionais e internacionais. Dinamizou em Portugal a Dança Planetária de Anna Halprin. É responsável pela atividade de dança criativa na Osmope.

 

António Pinto Ribeiro, com formação em Filosofia e doutoramento em Estudos de Cultura, a sua atividade profissional reparte-se entre a programação cultural e a investigação. Iniciou o seu trabalho ensaístico na área das “Artes do Corpo” na Escola Superior de Dança, a que se seguiu as funções de assistente de programação no ACARTE. Foi crítico de dança no Expresso, colaborador do Fórum Dança e foi, desde a sua fundação, o diretor artístico da Culturgest (1993-2004) e diretor de programas na Fundação Calouste Gulbenkian (2004-2015) dos quais destaca o Programa Gulbenkian Próximo Futuro dedicado às artes e às culturas do sul global. Curador responsável por várias exposições internacionais foi também o comissário-geral de “Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017”. Atualmente é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, integrando a equipa do projeto ERC “MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias” e é programador internacional. Tem dezenas de artigos publicados e dezasseis livros, entre os quais destaca: A dança da idade do cinema, Dança temporariamente contemporânea, História da dança em Portugal (c/ José Sasportes), Corpo a Corpo, possibilidades e limites da crítica. A sua última publicação tem por título Peut-on Décolonizer les musées? (2019), A arte contemporânea no temo da pós-memória.(2021)

 

Cristina Grande é responsável pelo Serviço de Artes Performativas e programadora de Dança Contemporânea e Performance de Serralves-Museu de Arte Contemporânea. Neste âmbito, destaca a organização da residência artística anual Mugatxoan, realizada entre 2002 e 2010, em parceria com a instituição Arteleku, dirigida por Ion Munduate e Blanca Calvo, a co-programação do Festival “Trama”, entre 2006 e 2011, e a co-curadoria do programa anual O Museu como Performance, entre 2015-2022. No contexto internacional, programou o projecto Piccola Europa (2009, Itália), a convite da Companhia Teatro delle Ariette, integrou a equipa de curadores da segunda edição do Performance Day 2017: Le Musée Performée (2017 - Ferme du Buisson, Paris, França) e, mais recentemente, comissariou o projeto artístico centrado na obra do artista visual Francisco Tropa, em novembro de 2018, a convite do CND/Centre National de la Danse (Pantin, Paris), incluído no programa Musées au pluriel. Integra o comité de experts dos Fundos Roberto Cimetta desde 2010 nas áreas da Dança e Performance e, desde 2019, inclui o Júri do Programa de Apoio à Mobilidade de artistas dos Palop e Timor-Leste, nas disciplinas de Música e Artes Cénicas, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian.

 

Ghislaine Boddington tem formação em artes cénicas e trabalha como diretora, curadora, investigadora e apresentadora. É reconhecida internacionalmente como especialista no Corpo como interface para tecnologia digital. Desde o início dos anos 1990, Ghislaine lidera inovações nas artes, indústrias criativas e academia, permitindo a exploração tecnológica da intimidade digital e da mistura física virtual através da telepresença e dos media interativos. É diretora criativa do coletivo body>data>space (fka shinkansen), apresentadora do BBC World Service, leitora em imersão digital na Universidade de Greenwich, membro do DCMS College of Experts e administradora da Stemette Futures.

 

Manuèle Debrinay-Rizos é Presidente e co-fundadora do Fundo Roberto Cimetta. Membro do concelho Cientifico do Instituto Nacional para a Cultura e Investigação do Ministério da Cultura da Roménia; Membro do Comité Pedagógico do Mestrado em Gestão Cultural e Internacional, na Universidade de Lyon 2. Ensina nas árias da Gestão Cultural e Metodologia de Projeto na Escola Superior de Belas Artes (Marrocos), na Ali Zaoua Foundation / Shems’y Circus  / Isadac (Marocco) e na Universidade de Teatro e Artes Performativas, na Roménia.

 

Miguel Honrado trabalha há 30 anos no setor cultural associando competências de direção / coordenação artística - Teatro Viriato, Viseu, Festival dos 100 dias, EXPO'98, programação do "Jardim do Mundo, Estado do Mundo, Fundação Calouste Gulbenkian, Conselho Consultivo de Comédias do Minho - com a competência de Gestão - Presidente do Conselho de Administração da EGEAC, CM Lisboa e do Teatro Nacional D. Maria II, Secretário de Estado da Cultura do XVII Governo Constitucional, Administrador do Centro Cultural de Belém, Diretor Executivo da Orquestra Metropolitana. Como docente na área da gestão cultural destaca o exercício na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), Universidade Lusófona, Fórum Dança e Escola Superior e Artes e Design.

 

Biografias conversas dia 24 MAR

 

André Lepecki é Professor Catedrático e Diretor do Departamento de Performance Studies na New York University. Trabalhou nos anos 1980 e 1990 como dramaturgista dos coreógrafos Vera Mantero, João Fiadeiro, Francisco Camacho, e Meg Stuart.  Em 2008, é premiado pela AICA (Association Internationale des Critiques d’Art, secção Norte-Americana) com o prémio “Best Performance 2008” pela sua curadoria e direção de 18 Happenings in 6 Parts (Re-doing), Coordenador editorial de várias antologias sobre teoria da dança e da performance, incluindo Of the Presence of the Body (2004), The Senses in Performance (com Sally Banes, 2007), Dance (2012), e Points of Convergence (com Marta Dziewanska, 2017). Enquanto curador independente, criou projectos para HKW-Berlin, MoMA-Varsóvia, Hayward Gallery, Haus der Künst-Munich, Sydney Biennial 2016, MoMA PS1, entre outras instituições. Autor de Exhausting Dance: performance and the politics of movement, e de Singularities: dance in the age of performance (2016). Colabora desde 2003 com Eleonora Fabião nas suas Ações. 

 

Francisco Frazão é o diretor artístico do Teatro do Bairro Alto, teatro municipal de Lisboa dedicado à experimentação. De 2004 a 2017 foi programador de teatro da Culturgest e ali dirigiu também o projeto PANOS (de nova dramaturgia e teatro juvenil). De 2000 a 2004 integrou a Comissão de Leitura dos Artistas Unidos. Tem escrito e dado aulas sobre teatro, cinema e literatura. Traduziu, entre outros, Beckett, Pinter, Tim Crouch, Chris Thorpe, Annie Baker, Dennis Kelly e Zinnie Harris.

 

José Laginha estudou dança no Ballet Gulbenkian, na Companhia Nacional Bailado. Durante 2 anos foi bolseiro e estudou em várias escolas em Nova Iorque. Realizou, dirigiu e coreografou 16 criações, entre eles o espetáculo de abertura de Loulé 2015, Cidade Europeia do Desporto. Dirige a DeVIR, atividades culturais desde 1994 e o CAPa desde 2001 onde tem assumido a direção artística das suas programações.

 

Madalena Vitorino estudou dança contemporânea, composição coreográfica e pedagogia das artes. Fez a sua formação no The Place / London School of Contemporary Dance, no Laban Centre/Goldsmith!s College, University of London e na Exeter University nos anos 70 e 80 no Reino Unido. O seu trabalho tem se evidenciado pela criação de projectos que se vocacionam para a aproximação entre discurso, prática e experiência artísticas e a sociedade nas suas múltiplas transversalidades. Cria com vários colegas da sua geração nos anos 90, o Fórum Dança. Desenvolve entre 1996 e 2008 no Centro Cultural de Belém, o Centro de Pedagogia e Animação, o primeiro espaço em Portugal, de fruição artística internacional para um público jovem, que dá origem a um grande movimento de criação de centros educativos em todo o país. É autora do programa curricular de dança para o Ministério da Educação para os três ciclos de escolaridade, e de uma exposição entregue a todas as entidades culturais portuguesas, UMA CARTA COREOGRÁFICA, com a sua visão da dança. Criou a LAVRAR O MAR Cooperativa Cultura, CRL com Giacomo Scalisi em 2016. Leciona em múltiplas instituições de Ensino Superior em Portugal e no estrangeiro. Desde 2014 coordena o projeto MIRAGEM, para a Câmara Municipal de Odemira. Cria em 2016 com Giacomo Scalisi o projeto cultural e rural LAVRAR O MAR, as Artes no Alto da Serra e na Costa Vicentina. Em 2017 é distinguida com o Prémio Universidade de Coimbra. Em 2021, a propósito da sua participação no ciclo de conferências / O SENTIDO DOS MESTRES promovido pelo Festival de Almada, escreve o livro A DANÇA COMO ARMA. Entre 2020 e 2022 cria o projeto artístico de integração social BOWING, um programa PARTIS - Art for Change, iniciativa e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação La Caixa, assim como a Câmara Municipal de Odemira.

 

Mónica Guerreiro é licenciada em Ciências da Comunicação, especialização Artes, e pós-graduada em Culturas e Discursos Emergentes (FCSH-UNL). Os seus interesses de investigação são a dança contemporânea portuguesa, sua história e práticas; a crítica e apreciação de espetáculos; e a teoria queer. Jornalista e crítica entre 1996 e 2010 (BLITZSinais de Cena, Agenda de LisboaObscena), publicou "Olga Roriz" (Assírio & Alvim, 2007) e "O Essencial sobre a Companhia Nacional de Bailado" (IN-CM, 2017). Integra regularmente júris e comissões (Prémio ACARTE/ Maria Madalena de Azeredo Perdigão, Prémio da Crítica, Prémio Autor da SPA, Globos de Ouro, Programa Gulbenkian Cultura, Fundação GDA). Exerceu funções públicas na Direção-Geral das Artes (2004-2015), no Município do Porto (2016-2019) e no Coliseu do Porto (2020-2023).

 

Né Barros, coreógrafa e investigadora, tem desenvolvido o seu trabalho artístico em ligação com seus estudos académicos e pesquisas. Investigadora no Instituto de Filosofia da Universidade do Porto no grupo de Estética, Política e Conhecimento. Iniciou sua formação em dança clássica e, posteriormente, trabalhou em dança contemporânea e composição coreográfica nos Estados Unidos (Smith College). Doutorada em Dança (Universidade de Lisboa) e Master in Dance Studies (Laban Centre, Londres). Concluiu um Pós-Doutoramento no Instituto de Filosofia sobre a estética e performances. Estudou Teatro (ESAP). Como coreógrafa, tem colaborado com artistas visuais, fotógrafos, realizadores de cinema, encenadores e músicos. Criou a maior parte dos seus trabalhos no Balleteatro, mas também trabalhou com a Companhia Nacional de Bailado (premiada como Melhor Coreografia), com Ballet Gulbenkian e Aura Dance Company (Lituânia). É autora dos livros Performances e Pós-fenomenologia, Da Materialidade na Dança, Dança: corpo e casa. É codiretora das coleções “Estética, Política e Arte” e “Máquinas de Guerra”, publicadas pela FLUP. É professora na ESAP e convidada em diversas instituições. Cofundadora do Balleteatro e diretora artística do Family Film Project - Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória, Etnografia.

 

Ana Marim, licenciada em Geografia, fez a carreira profissional na Secretaria de Estado da Cultura/Ministério da Cultura (1981-2009), na DGAC e organismos sucedâneos, desempenhando cargos de chefia intermédia e Direção. Integrou a Comissão Instaladora o Instituto Português das Artes do Espetáculo, que dirigiu entre 1998 e 2001. Fez no Gabinete do Ministro da Cultura, um estudo comparativo dos modelos de apoio financeiro do Estado à atividade cultural (2001/02). Colaborou ainda em projetos de planeamento urbano e regional, nas áreas da programação e desenvolvimento cultural. Desde 2009 dirige uma associação em Alvito, cuja missão é a programação e divulgação da arte contemporânea.

 

Catarina Vaz Pinto é Licenciada em Direito e pós-graduada em Estudos Europeus. Foi Vereadora da Cultura Câmara Municipal de Lisboa (2009 –2021) e é consultora independente na área artística e cultural (2001-2005,2021-). Foi Coordenadora Executiva do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística/Fundação Calouste Gulbenkian (2003-2007). Na àrea do ensino exerceu ainda o cargo de Diretora-executiva da Pós-graduação em ‘Gestão Cultural nas Cidades’/INDEG/ISCTE-Lisboa (2001-2004). Secretária de Estado da Cultura (1997-2000). Co-fundadora da Associação Cultural Fórum Dança, da qual foi Directora-executiva (1991-1995).

 

Daniel Tércio é Bacharel em Filosofia e Licenciado em Belas Artes, pós-graduado em História da Arte e Doutor em Motricidade Humana, Dança. Foi Professor Associado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa. É investigador integrado do INET-md – FCSH. Publicou artigos em periódicos especializados, é autor de vários capítulos de livros, e publica crítica de dança na imprensa portuguesa, desde 2004. Como investigador coordenou os projetos "Dança Tecnologicamente Expandida" (TEDance), "Terpsicore", "Performance Tecnologicamente Expandida" (TEPe). Os seus interesses vão da estética e história da dança aos estudos culturais, iconografia, tecnologias digitais e estudos da cidade.

 

Marta Martins, Gestora Cultural, é licenciada em Direito (FDUL), Pós-graduada em Gestão Cultural nas Cidades (INDEG-ISCTE) e Mestre em Estudos de Cultura (FCH-UCP). Desde 2010 é Diretora Executiva da Artemrede, uma rede cultural com 18 anos de atividade e 18 associados, onde tem feito planeamento estratégico, gestão e programação cultural, desenho e coordenação de projetos intermunicipais e intersectoriais, de âmbito europeu e nacional. Trabalhou no Departamento de Juventude do Município de Lisboa e colaborou com a Quaternaire Portugal e várias associações culturais. Como oradora tem participado em conferências e seminários na área da política e da gestão culturais.

 

Miguel Honrado trabalha há 30 anos no setor cultural associando competências de direção / coordenação artística - Teatro Viriato, Viseu, Festival dos 100 dias, EXPO'98, programação do "Jardim do Mundo, Estado do Mundo, Fundação Calouste Gulbenkian, Conselho Consultivo de Comédias do Minho - com a competência de Gestão - Presidente do Conselho de Administração da EGEAC, CM Lisboa e do Teatro Nacional D. Maria II, Secretário de Estado da Cultura do XVII Governo Constitucional, Administrador do Centro Cultural de Belém, Diretor Executivo da Orquestra Metropolitana. Como docente na área da gestão cultural destaca o exercício na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), Universidade Lusófona, Fórum Dança e Escola Superior e Artes e Design.

 

Nuno Costa Moura, Diretor do Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, desde 2021, é licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, e mestre em Estudos de Teatro, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi técnico superior da Direção-Geral da Artes a partir de 2001, exercendo o cargo de diretor da Direção de Serviços de Apoio às Artes entre 2015 e 2020.

 

Paula Varanda é licenciada pela Escola Superior de Dança e Doutorada em estudos artísticos pela Middlesex University, fez crítica no jornal Público e publica em revistas científicas e culturais. Foi diretora do projeto Dansul no Alentejo; foi Diretora-Geral da Direção Geral das Artes e atualmente dirige a Companhia Maior. Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas é investigadora do IHA e professora no Mestrado em Artes Cénicas. É docente em políticas culturais no CGPAE do Fórum Dança e fez parte do grupo fundador da Associação Portuguesa para a Dança (1994).

 

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